Pós-crise colocou na ordem do dia a necessidade de agregar valores.
Dentre as várias vertentes para as empresas se ajustarem ao mercado cada vez mais competitivo, duas se destacam. A primeira é ter uma equipe eficiente e determinada, uma vez que a competitividade está diretamente ligada à qualidade de seus profissionais e ao envolvimento que eles estabelecem com o ambiente de trabalho. A segunda é dar um novo tratamento à marca dos seus produtos, com embalagens elaboradas a partir de critérios mercadológicos, para que se destaquem aos olhos dos consumidores.
Nunca antes neste país a formação profissional e a atualização de linguagens foram tão importantes. Principalmente porque o cenário pós-crise, com o país em evidência no cenário internacional, colocou na ordem do dia a tese de agregar valores, como sendo um princípio elementar para se desenvolver e competir, o que exige escola e muita técnica.
Se por um lado as multinacionais que estão chegando ao país escolhem a região para se instalar de acordo com a qualificação da mão de obra disponível no local ou a eficiência da cidade em preparar seus jovens, por outro, as empresas já instaladas precisam investir no aprimoramento dos talentos que possuem para não se perder com o ritmo das mudanças, garantindo assim sua sobrevivência.
Os profissionais que não se enquadram no novo cenário, infelizmente estão sendo colocados de lado. O lado bom é que os funcionários da linha de frente de uma empresa, que compreendem sua missão, ganham cada vez mais espaço e são promovidos. E o que significa ser da linha de frente? Estar no grupo daqueles que além de talento levam consigo valores alinhados aos da organização.
A lógica é evitar o que aconteceu durante o período pré-crise, quando as empresas perderam muitos talentos, que corriam para as que pagavam mais. Nesse sentido, as corporações estão revendo seu sistema interno de relações, abalado pela crise, para dar mais ênfase a comportamentos de colaboradores que estejam em sintonia com os valores da corporação.
Pesquisa do consultor Daniel Denison, que leciona na escola de negócios suíça IMD, reforça a tese de que as empresas mais bem avaliadas em aspectos culturais, como missão, envolvimento e integração, apresentam taxa média de retorno sobre investimento superior em até 15 pontos percentuais em relação às concorrentes, o que dá base às mudanças conceitual e exige dos profissionais fidelidade e envolvimento com à empresa que o contrata.
Design
Quanto ao produto, Fabio Mestriner, designer e consultor em inteligência de embalagem e coordenador do Núcleo de Estudos da Embalagem da ESPM, enfatiza a necessidade de adequação das embalagens baseado na realidade das gôndolas. "Sabemos que mais de 90% dos produtos vendidos nos supermercados não tem qualquer apoio de marketing ou comunicação, dependendo exclusivamente da embalagem para competir".
Segundo ele, essa situação representa uma ótima oportunidade para as pequenas empresas reduzirem sua distância em relação às grandes e utilizarem suas embalagens para competir com mais eficiência ou até em pé de igualdade com as supermarcas. "Afinal, por meio da embalagem a pequena empresa pode ser grande aos olhos de seus consumidores".
O convênio Sebrae/Abre para o desenvolvimento de design de embalagem à pequena empresa tem demonstrado aumentos nas vendas de 150%, 200% e até superiores a 300% nos projetos que orientaram.
A conclusão do professor é que “as oportunidades estão aí para aqueles que desejam atuar junto a este enorme mercado representado pelas pequenas empresas. Os designers que se dedicarem a elas, não só verão seus negócios prosperar, como também contribuirão de forma decisiva para o progresso de seus clientes, pois as empresas que hoje são grandes, já foram pequenas um dia”.
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